sábado, 31 de dezembro de 2011

BOAS VINDAS



Primeiro Dia

o primeiro dia
que vens à Creche

Vais ver que gostarás
de aqui ficar

Bem vindo! Bem vindo!
Vamos começar?"
Adaptação

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Nossa História - Tudo Começou Assim

A União de Mulheres de Vitória da Conquista surgiu em 13 de novembro de 1983, como parte do processo de luta pela democracia, com uma proposta de entidade representativa, aglutinando mulheres do povo por suas reivindicações específicas e de toda a sociedade.
Em 1985, foram fundados o Centro da Mulher Conquistense e a Creche Dinaelza Coqueiro, com apoio do organismo internacional Misereor, da Prefeitura Municipal e da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia - UESB, onde, desde então, desenvolvem palestras, cursos, oficinas, reuniões, encontros. Na década de 1990 tivemos o apoio da Rede de Désio, organização de solidariedade dirigida por trabalhadores italianos.
Criada em 1985, a Creche Dinaelza Coqueiro tem o objetivo de apoiar a mulher trabalhadora, de baixa renda, que não dispunha de equipamento desse tipo. Atende 90 crianças de 2 a 5 anos, em tempo integral – de segunda-feira a sexta-feira, das 7h00 às 18h00. São cinco refeições diárias, balanceadas de acordo com cardápio preparado por uma nutricionista.
Seu nome é uma homenagem a militante comunista desaparecida na Guerrilha do Araguaia (1972-1974), durante a ditadura militar instituída pelo golpe de 1964. Dinaelza era natural de Vitória da Conquista, morou em Jequié e em Salvador, onde se graduou em Geografia. Muitos de seus familiares são cidadãos e cidadãs respeitados, e muito tem contribuído para o desenvolvimento de nossa cidade. Sua irmã, Diva Santana, integrante do Grupo Tortura Nunca Mais representa os familiares desaparecidos junto ao governo brasileiro, na busca pelos seus restos mortais para entregá-los às famílias que desejam exercer o dever e o direito de enterrar seus familiares. A avenida onde funciona o Centro da Mulher Conquistense e a Creche Dinaelza Coqueiro passou a se chamar Avenida Dinaelza Coqueiro, projeto de autoria do vereador Miguel Felício.
A manutenção da creche, desde a sua fundação, é feita com verbas públicas destinadas a esse fim. Inicialmente a creche foi credenciada junto a LBA – Legião Brasileira de Assistência e, depois de extinta essa instituição, o credenciamento passou a ser junto ao Serviço Nacional de Assistência Social – SNAS e hoje, Conselho Nacional de Assistência Social – CNAS. O repasse era feito diretamente pela LBA à entidade, depois o governo do Estado da Bahia assumia essa função. Depois de municipalizada e o credenciamento efetuado pelo Conselho Municipal de Assistência Social, recentemente, as creches foram incorporadas ao Ministério de Educação e incluídas no Fundo Nacionais de Educação Básica, mudando novamente a forma de financiamento. A creche está incluída também no Programa de Merenda Escolar e outros programas municipais. Funcionários e professores são cedidos pela Prefeitura, conforme convênios mantidos desde a criação da Creche Dinaelza Coqueiro.
A gestão da creche é feita pela diretoria da União de Mulheres, com trabalho voluntário de suas integrantes.
A Creche Dinaelza Coqueiro através da União de Mulheres realizou e realiza parcerias com instituições e empresas de nossa cidade, que tem apoiado significativamente as crianças e suas família, exemplos mais recentes podemos citar a Eletec e a Cooperativa de Crédito dos Comerciantes de Autopeças - COOPESE, Sindicato dos Bancários, Comerciários e Trabalhadores Rurais.
Lutas da União de Mulheres:
Desde sua criação, a entidade trabalhou e trabalha pela unidade dos movimentos sociais na luta por interesses comuns, desenvolvendo uma ampla mobilização no Dia Internacional da Mulher, todos os anos, inclusive, por sua sugestão, a Câmara de Vereadores incorporou esse no seu calendário oficial.
Em1988, enviou uma delegação de 40 mulheres ao Congresso de criação da União Brasileira de Mulheres, participando da sua coordenação nacional;
Em 1990, iniciou uma campanha pela instalação de uma Delegacia Especial de Atendimento à Mulher, implantada em 2002.
Participou da criação do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e Adolescente;
Em 1997 liderou as ações pela criação do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher;
Em 2000, a União de Mulheres encabeçou a organização da Marcha Mundial de Mulheres contra a Fome e a Violência, reunindo em Vitória da Conquista mais de três mil mulheres.
2006 – indicou representante Conselheira Estadual de Defesa dos Direitos da Mulher; Participa do Comitê de Mortalidade e Morbidade Materno-infantil.
Com vinte e seis anos em atividade, a entidade se consolidou e ganhou reconhecimento público. A luta das mulheres ganhou visibilidade. A União de Mulheres foi determinante para a implantação do Centro de Referência à Mulher Vítima de Violência e luta pela criação da Casa Abrigo de Vitória da Conquista e de um organismo municipal de execução e planejamento de políticas públicas para as mulheres, a exemplo do que já existe nas cidades de médio e grande porte, até em pequenas cidades como São Sebastião do Passe/Ba.
A questão da geração de renda e trabalho sempre foi uma grande preocupação. Contribuímos para a implantação da Cooperativa de Catadores e Catadoras Recicla Conquista e atuamos em parceria com o GEP – Grupo de Economia Solidária.
Recentemente, cadastramos seiscentas mulheres dos bairros Ibirapuera, Nossa Senhora Aparecida, Guarani, Bruno Barcelar, Alvorada, Nova Cap, Patagônia, para capacitar para o mercado de trabalho, garantindo noções de associativismo, economia solidária e cooperativismo, direitos humanos e cidadania.
Identificamos uma demanda de centenas de mulheres, boa parte delas são chefes-de-família de baixa renda, vulneráveis a vários tipos de violência.
Com este público, estamos garantindo cursos de corte e costura e acompanhando o núcleo de produção de confecções, ajudando em sua comercialização.
A história da União de Mulheres de Vitória da Conquista está relacionada ao desenvolvimento de ações concretas de promoção e valorização da mulher, propondo, fiscalizando e executando políticas afirmativas ao mesmo tempo em que chama uma reflexão mais aprofundada sobre as relações de gênero na nossa sociedade.